homem colocando cigarro no cinzeiro
| |

Cigarro e hipertrofia: entenda como fumar atrapalha a sua musculação

No mundo da musculação, a busca pela hipertrofia muscular é um objetivo comum. Muitos dedicam horas na academia, mantêm dietas rigorosas e adotam um estilo de vida saudável para alcançar o corpo musculoso dos sonhos. No entanto, há um fator que muitas vezes fica em segundo plano, mas que pode ter um impacto significativo na busca por ganhos musculares: o tabagismo. Mas qual será a relação entre cigarro e hipertrofia?

O tabagismo é um problema global de saúde pública, conhecido por sua ligação com diversas doenças graves, como câncer de pulmão, doenças cardíacas e problemas respiratórios. 

No entanto, seu impacto sobre a musculação é frequentemente subestimado. É crucial compreender que o tabagismo não é apenas prejudicial à saúde geral, mas também à busca de um corpo mais forte e saudável.

Confira a seguir qual a relação do cigarro e hipertrofia e veja como essa prática pode atrapalhar nos seus resultados!

USE O CUPOM “soumaxtitanium” PARA ATÉ 10% OFF

Os efeitos nocivos do tabagismo

O ato de fumar envolve a inalação de fumaça de tabaco, que contém uma vasta gama de substâncias tóxicas e prejudiciais à saúde. Porém, existem dois principais componentes que afetam diretamente o organismo: a nicotina e o alcatrão.

“O cigarro é feito de uma série de substâncias que são vasoconstritoras, a mais vasoconstritora é a nicotina, ela funciona como se fosse um vasoconstritor potente e é por isso que vocês veem uma série de doenças circulatórias causadas pelo fumo.”

A nicotina é uma substância altamente viciante encontrada no tabaco que afeta o sistema nervoso central e cria uma série de efeitos psicológicos e físicos. Apesar da nicotina não ser responsável por si só pelos efeitos carcinogênicos, a substância é capaz de desencadear a dependência, fazendo com que os fumantes não consigam abandonar o hábito.

É ela também que causa a sensação de prazer pelo percurso rápido que faz no organismo. No geral, a nicotina permanece em nosso corpo por duas horas. Depois desse tempo, cria-se uma nova vontade de fumar, causando uma sensação de abstinência quando essa vontade não é atendida. Assim, cria-se o vício em fumar.

Pesquisadores também descobriram em um estudo publicado no Journal of Pharmacopuncture que sistemas não dopaminérgicos também podem estar envolvidos no efeito recompensador da abstinência de nicotina. 

Já o alcatrão é uma mistura de substâncias químicas que se formam quando há a queima do tabaco. É nele que estão contidas as substâncias causadoras do câncer e as toxinas que prejudicam os pulmões e o sistema respiratório.

homem segurando um cigarro
O cigarro e hipertrofia não conversam entre si especialmente pela inflamação causada pelo tabaco

Além dessas doenças, que podem incluir a DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica – e bronquite crônica, o tabagismo também causa doenças cardiovasculares, aumentando o risco de aterosclerose e hipertensão, de acordo com dados de um estudo publicado no National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion.

O cigarro também contém monóxido de carbono, o mesmo gás tóxico que sai da descarga dos automóveis e que se associa à hemoglobina, dificultando a chegada do oxigênio aos tecidos. Com isso, dificulta a respiração do organismo, a cicatrização (inclusive muscular, no pós-treino) e a renovação celular, entre outras questões. 

O monóxido de carbono também se liga às nossas hemácias e deixa o sangue mais denso e grosso, causando a obstrução das veias. Isso faz com que o nosso organismo tenha de produzir mais hemácias para suprir a quantidade afetada pelo monóxido. 

Composição do cigarro

Além dessas substâncias mais conhecidas, o cigarro tem mais de 4.700 itens tóxicos. Veja alguns exemplos:

  • Terebina;
  • Xileno;
  • Tolueno;
  • Benzeno;
  • Níquel;
  • Cianeto;
  • Amônia;
  • Cetonas;
  • Formaldeído;
  • Naftalina (sim, aquela usada para matar insetos).

Tabagismo e Desempenho Físico

Por afetar diretamente a saúde cardiovascular, o tabagismo diminui o desempenho físico e consequentemente, afeta de forma negativa a hipertrofia muscular. Afinal, as substâncias presentes no cigarro irritam os pulmões e vias aéreas, levando a uma inflamação e estreitamento dos bronquíolos.

mulher acendendo um cigarro
A relação entre cigarro e hipertrofia afeta negativamente o desempenho físico e capacidade respiratório durante os treinos

Como resultado, o indivíduo acaba desenvolvendo uma menor capacidade de inspirar e expirar, prejudicando a entrada de oxigênio nos pulmões especialmente durante atividades físicas.

Um estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, mostrou que a inflamação sistêmica também é encontrada em pacientes com DPOC, condição que pode ser causada pelo tabagismo, e pode piorar comorbidades, como doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose. 

“O exercício libera grandes quantidades de noradrenalina e adrenalina… o que você acha que acontece quando você fuma e depois vai tentar treinar? Parte da sensação de recompensa que você teria no treino se vai, isso acaba interferindo no quanto você consegue se exercitar.”

Paulo Muzy

A nicotina também atua aumentando a frequência cardíaca e pressão arterial. Com isso, sobrecarrega o sistema cardiovascular e leva a uma demanda maior de oxigênio. Esse aumento faz com que a capacidade cardiorrespiratória acaba ficando menos eficiente durante os treinos.

Esse impacto negativo também pode ser visto durante a recuperação muscular. Isso porque fumar está ligado a um aumento da frequência cardíaca também no repouso. Ou seja, seus batimentos ficam acelerados não apenas quando você está se exercitando, mas também quando está parado.

homem treinando
Indivíduos fumantes não conseguem progredir nos treinos

Esse efeito acaba dificultando o transporte de oxigênio para os músculos, fazendo com que os fumantes não consigam sustentar esforços de resistência como correr ou séries extensas de levantamento de peso.

Outro estudo sobre o assunto publicado no Hellenic Journal of Cardiology, os fumantes possuem uma frequência cardíaca em repouso significativamente maior do que os não fumantes. Este mesmo estudo também avaliou a frequência cardíaca dos fumantes durante as atividades físicas e descobriu que os fumantes não conseguiram atingir sua frequência cardíaca máxima prevista para a idade.

Junto a todos esses malefícios, as substâncias presentes no tabaco retardam a recuperação após o exercício por reduzir a capacidade de reparação dos tecidos musculares que são danificados durante os treinos, de acordo com dados do estudo publicado no American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism.

Impacto na recuperação pós-treino

A recuperação é uma das fases mais importantes do processo de hipertrofia. É durante o descanso que as fibras musculares, lesionadas pelo esforço do treino, se regeneram e ficam mais fortes. Porém, quando o organismo está exposto às substâncias do cigarro, esse processo fica comprometido.

O tabagismo reduz a oxigenação dos tecidos, o que atrasa a cicatrização das microlesões musculares causadas pelos exercícios. Com menos oxigênio chegando ao músculo, a síntese de proteínas também diminui, dificultando o ganho de massa magra.

Outro ponto é que a fumaça do cigarro provoca um estado inflamatório constante no corpo. Essa inflamação crônica aumenta a sensação de dor muscular tardia, prolonga a fadiga e faz com que o corpo demore mais tempo para estar pronto para o próximo treino.

Na prática, isso significa que o fumante precisa de mais tempo para se recuperar entre um treino e outro, o que atrapalha a consistência e reduz os resultados. Em vez de evoluir a cada semana, o corpo passa a trabalhar apenas para se manter em equilíbrio, sem conseguir dar o próximo passo no desenvolvimento muscular.

A relação entre o cigarro e hipertrofia

Um dos maiores problemas do tabagismo em relação à hipertrofia é a inflamação crônica.  A fumaça do cigarro contém substâncias tóxicas que desencadeiam uma resposta inflamatória crônica no corpo, que pode inibir a síntese de proteínas musculares, tornando mais difícil para o corpo construir e reparar o tecido muscular após o exercício.

O cigarro também acaba comprometendo a capacidade do sistema circulatório em transportar nutrientes essenciais como aminoácidos, já que dificulta a circulação sanguínea. Com isso, os aminoácidos disponíveis para a síntese de proteínas são menores, o que leva a uma menor capacidade de hipertrofia.

“O cigarro vai dar sensação de ansiedade e vai te dar uma capacidade anorexígena… começa a te atrapalhar na sua capacidade de alimentar-se para o treinamento. Sem alimento você não consegue exercer o exercício, não consegue se recuperar do exercício e não consegue se ajustar ao exercício.”

Paulo Muzy

Além disso, os fumantes produzem mais miostatina — hormônio conhecido como fator 8 de crescimento e diferenciação, que limita o crescimento muscular, de acordo com dados do estudo também publicado no American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism. 

Isto significa que, mesmo que a pessoa treine muito, o organismo não consegue se desenvolver. E na maioria dos casos, o ganho de massa muscular fica difícil até mesmo com a suplementação.

Outro ponto importante é que como o tabaco reduz a capacidade cardiorrespiratória e eficiência do transporte de oxigênio, os fumantes acabam tendo menos energia e resistência durante os treinos intensos, tornando mais difícil alcançar o estímulo necessário para a hipertrofia.

“O cigarro é pró-inflamatório, portanto cada vez que você fuma você leva uma grande quantidade de inflamação… isso vai fazer com que você tenha não só uma diminuição do estímulo anabólico mas também um aumento do estímulo catabólico, ou seja, você diminui a resposta ao ganho de massa e aumenta a perda muscular.”

Além de prejudicar o processo de hipertrofia em si, o cigarro ainda reduz a massa muscular magra por afetar a síntese proteica e aumenta a degradação muscular. Ou seja, além de não ganhar massa, você ainda perde a massa que já tinha.

Outro fator importante é que, quando reduzimos a capacidade de oxigenação do músculo ao fumar, a irrigação sanguínea — e consequentemente a chegada de nutrientes ao tecido muscular, além da renovação celular — é extremamente prejudicada. Assim, não será possível crescer como um atleta não fumante.

Esse tipo de prática acaba gerando um esforço inútil, já que você treina cada vez mais e suplementa as proteínas de acordo com os resultados que deseja, e não consegue alcançar seus objetivos.

Como a musculação pode te ajudar a se livrar desse vício?

Se você é fumante e deseja ganhar massa muscular, os exercícios físicos podem te ajudar a se livrar desse vício. Afinal, a atividade física libera substâncias que causam prazer no organismo, o que pode acabar gerando um conforto semelhante ao que o cigarro causava, mas sem os malefícios causados pela nicotina e outras substâncias tóxicas.

homem fazendo musculação em máquina
Os hormônios liberados durante as atividades físicas podem ajudar a combater os sintomas da abstinência do cigarro

Além disso, você poderá provar a sensação de bem-estar causada pela atividade física e ficar muito mais perto do seu objetivo, já que não terá substâncias nocivas prejudicando o transporte de oxigênio em seu organismo. Com isso, conseguirá treinar mais, aumentando sua resistência e constância nos treinos.

Caso você precise de ajuda, é sempre importante buscar um profissional na área para lhe auxiliar a vencer esse vício.

Benefícios de parar de fumar para quem treina

Parar de fumar traz resultados visíveis não só para a saúde geral, mas também para a performance dentro da academia. O corpo reage rápido à ausência do cigarro e os benefícios aparecem já nas primeiras semanas.

O primeiro impacto sentido é na respiração. Sem o efeito vasoconstritor da nicotina e sem o monóxido de carbono competindo com o oxigênio no sangue, a capacidade pulmonar melhora. Isso significa treinos de perna com menos falta de ar, mais fôlego para cardio e resistência maior em séries longas.

Outro ponto é a recuperação muscular. Ao abandonar o cigarro, o organismo reduz o estado inflamatório constante, o que permite que as fibras musculares se regenerem mais rápido após os treinos. Isso significa menos dor prolongada e maior consistência para treinar vários dias seguidos.

“Quando você para de fumar, a sua vontade e sua disposição retornam. Grandes chances de você voltar a treinar com mais vontade, mais capacidade física, não só porque a musculatura está respirando melhor, mas porque a sua cabeça está funcionando melhor.”

Paulo Muzy

Além disso, o corpo passa a aproveitar melhor a dieta e os suplementos. Com uma circulação sanguínea mais eficiente, nutrientes como proteínas e aminoácidos chegam aos músculos com mais facilidade, potencializando os ganhos de massa magra.

Em resumo, parar de fumar devolve energia, disposição e acelera os resultados. Mais fôlego, mais força e mais evolução, sem que o esforço dos treinos seja desperdiçado pelo impacto negativo do cigarro.

Como os suplementos podem te ajudar nesse processo?

Ao parar de fumar, o corpo passa por várias mudanças que podem afetar tanto o apetite quanto o rendimento nos treinos. Nesse processo, os suplementos entram como aliados importantes para manter a disciplina, proteger a massa muscular e garantir energia. Veja como eles podem facilitar sua evolução na academia e ajudar na fase de adaptação.

Whey Protein

Muitas pessoas que param de fumar podem acabar tendo um aumento no apetite e desejos por lanches. O Whey Protein pode ser uma opção saudável para substituir lanches menos saudáveis, ajudando a controlar a ingestão de calorias enquanto fornece proteína de alta qualidade para apoiar a recuperação muscular.

BCAAs (Aminoácidos de Cadeia Ramificada)

Durante o processo de parar de fumar, o corpo pode estar mais suscetível ao catabolismo, onde o tecido muscular é quebrado para fornecer energia. Os BCAAs podem ajudar a minimizar esse processo, promovendo a síntese de proteínas musculares e reduzindo a degradação muscular.

Creatina

A creatina é conhecida por melhorar a energia e o desempenho durante os exercícios de alta intensidade. À medida que você deixa de fumar e começa a se exercitar regularmente, a creatina pode ser benéfica para aumentar a qualidade de seus treinos, o que também pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade associados à abstinência do vício no tabaco.

Agora que você viu a relação entre cigarro e hipertrofia, e entendeu que a nicotina e outras substâncias presentes no cigarro prejudicam o processo de ganho de massa, busque ajuda para largar o vício no tabaco se esse for o seu caso. Além de prejudicar o ganho de massa magra, o cigarro ainda prejudica a saúde como um todo, podendo causar problemas respiratórios, diabetes e câncer.

Suplemento Max Titanium Original

Compre Suplemento Original Max Titanium, referência em nutrição esportiva com 5% Off no Pix, 6X Sem Juros e Opção de Frete Grátis!

Posts Similares