Comer doce no pré-treino melhora ou atrapalha seu treino?
Quando o assunto é nutrição esportiva, não faltam ideias e modismos nas redes sociais. Um dos mais recentes (ou melhor, recorrentes) é o uso de doce de leite como pré-treino. Mas será que essa escolha realmente traz benefícios para o desempenho? Vamos direto ao ponto.
O que comer antes do treino para ter mais energia?
A alimentação que antecede o treino tem um papel essencial no desempenho físico. Não se trata apenas de matar a fome ou ingerir qualquer tipo de energia, mas de oferecer ao corpo os nutrientes certos para suportar a intensidade do esforço físico, sem causar quedas de rendimento ou desconfortos. Para isso, a escolha do alimento precisa ser estratégica.
Os carboidratos são, em geral, a principal fonte de energia para atividades físicas. No entanto, a qualidade desses carboidratos faz toda a diferença. Enquanto os complexos oferecem liberação gradual de energia, os simples, como o doce de leite, provocam uma elevação rápida da glicose no sangue. Essa resposta acelera a liberação de insulina, o que pode gerar um efeito contrário ao esperado: uma queda brusca de energia logo após o pico glicêmico. Essa oscilação pode causar fraqueza muscular, sonolência e até redução na disposição, afetando diretamente a performance durante o treino.
Outro ponto crítico é o impacto hormonal e metabólico que alimentos com alto índice glicêmico provocam. Além do risco de hipoglicemia reativa, eles comprometem a mobilização de gordura como fonte de energia, o que atrapalha quem busca emagrecimento ou definição muscular. Em vez de favorecer o gasto calórico e o uso eficiente dos estoques corporais, esse tipo de alimento pode limitar o rendimento e atrapalhar os objetivos a longo prazo.
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“Em treinos com maior volume ou intensidade, o uso de pré-treino pode ser uma estratégia válida, principalmente por conta da cafeína presente na composição. Essa substância ajuda a reduzir a sensação de cansaço, fazendo com que o praticante consiga manter o ritmo e a concentração por mais tempo, o que impacta diretamente no desempenho durante a sessão.“
Portanto, o papel do pré-treino é mais do que saber o que comer; é alinhar estratégia nutricional com meta física. E, nesse contexto, o doce de leite está longe de ser uma escolha adequada para a maioria das pessoas que treinam com foco em performance, saúde ou estética.
Doce de leite é bom para usar como pré-treino?
Por mais gostoso e aparentemente energético que seja, o doce de leite não é uma boa escolha quando falamos em alimentação pré-treino. Isso porque ele é um alimento com alto índice glicêmico, o que significa que sua absorção pelo organismo é muito rápida. Esse tipo de alimento eleva de forma brusca os níveis de glicose no sangue, obrigando o corpo a liberar uma grande quantidade de insulina para tentar equilibrar essa subida repentina.
O resultado é um efeito de queda também rápida nos níveis de energia. O corpo sai de um pico de disposição para uma sensação de cansaço e fraqueza, comprometendo o rendimento logo nos primeiros minutos do treino. É aquele efeito conhecido por muitos como a “lombeira” pós-almoço, só que em plena academia. Ao invés de se sentir disposto e com energia constante, o praticante pode experimentar sonolência, queda no foco e até perda de força muscular.
Além disso, o consumo frequente de alimentos assim, principalmente fora de contexto ou sem necessidade fisiológica, pode contribuir para alterações metabólicas ao longo do tempo. Mesmo que pareça inofensivo incluir um doce aqui e ali antes do treino, esse hábito pode se tornar um obstáculo para quem busca emagrecimento, melhora da composição corporal ou ganho de performance.
“Quando alguém consome um alimento com alto índice glicêmico, como o doce de leite, o corpo responde com um aumento rápido nos níveis de açúcar no sangue. Isso estimula a liberação de insulina de forma intensa, o que pode levar a uma queda brusca de energia logo em seguida. Essa oscilação afeta diretamente a disposição, causando sensação de fraqueza e atrapalhando o rendimento físico durante o treino.“
Por isso, embora o doce de leite tenha seu lugar em momentos de lazer e prazer alimentar, ele definitivamente não é a escolha mais inteligente quando o objetivo é treinar com qualidade e alcançar bons resultados.
Qual o impacto do índice glicêmico no desempenho físico?
O índice glicêmico é um fator que influencia diretamente a forma como o corpo responde à alimentação antes do treino. Ele mede a velocidade com que os carboidratos de um alimento elevam a glicose no sangue. Quanto mais alto o indice, mais rápida é essa elevação e, com ela, vem um aumento intenso na liberação de insulina. Essa resposta hormonal pode gerar um efeito de queda brusca de energia logo após o pico, o que compromete a estabilidade da performance durante o exercício.
Quando essa oscilação acontece perto do horário do treino, o corpo pode apresentar sinais como fraqueza, sonolência e falta de foco, mesmo que o praticante tenha se alimentado. Em vez de oferecer suporte à intensidade do treino, o alimento acaba sabotando o rendimento. Isso é comum quando se consomem doces ou alimentos refinados antes de iniciar a atividade física.
“Ao ingerir alimentos de alto índice glicêmico, o corpo sofre uma liberação rápida de insulina, o que gera resistência à insulina no momento e pode causar sensação de fraqueza muscular e queda na disposição para realizar esforço físico.“
Ou seja, escolher alimentos com IG mais equilibrado contribui para manter a energia constante e o foco durante toda a sessão de treino. Essa é uma das razões pelas quais a alimentação pré-treino deve ser pensada de forma estratégica, respeitando a resposta do corpo e os objetivos de cada pessoa.
Quem pode usar doce de leite antes de treinar?
Apesar de todos os pontos negativos já citados, há um grupo muito específico que pode, em algumas situações, utilizar alimentos de alto índice glicêmico, como o doce de leite, de forma estratégica e pontual. Estamos falando de atletas de alto rendimento, cujas rotinas de treino, metabolismo e respostas fisiológicas são muito diferentes da média.
Esses atletas possuem uma demanda energética muito alta, e muitas vezes precisam de fontes rápidas de glicose para repor energia entre sessões intensas ou durante treinos de longa duração. Nesses casos, a velocidade de absorção do alimento pode ser útil, desde que seja calculada de acordo com o volume, a intensidade do treino e o momento da ingestão. Ainda assim, mesmo para eles, isso não é regra. É uma exceção planejada, inserida com cautela em um contexto altamente controlado e monitorado por nutricionistas esportivos.
O que não pode acontecer é pegar essa estratégia isolada, voltada para um público extremamente específico, e tentar aplicar em uma rotina comum de treino, com objetivos como emagrecimento ou ganho de massa. Quando uma pessoa fora desse perfil tenta imitar esse tipo de conduta, o que se vê na prática são resultados frustrados, lentidão na evolução e, muitas vezes, desmotivação por não entender por que os resultados não aparecem.
“Isso pode servir para algumas pessoas pontualmente, né? E essas pessoas normalmente são atletas com altíssima capacidade física, onde a velocidade de absorção do doce de leite é extremamente tolerada.”
Ou seja, o doce de leite pode até ter uma função pontual no esporte, mas isso está longe de justificar seu uso generalizado no pré-treino. Se não houver uma justificativa técnica, baseada na fisiologia do indivíduo e no objetivo da sessão de treino, o uso desse tipo de alimento segue sendo um erro estratégico.
Leia também: Cardio em jejum e pré-treino combinam?
Melhores opções para substituir o doce no pré-treino
Quando o objetivo é treinar com energia do início ao fim, faz muito mais sentido escolher fontes de energia que ofereçam estabilidade e controle metabólico. Diferente dos alimentos de rápida absorção e alto índice glicêmico, existem alternativas que mantêm os níveis de glicose no sangue mais equilibrados, garantindo uma liberação gradual de energia ao longo do treino.
Fontes como castanhas, frutas combinadas com aveia, ou até mesmo refeições líquidas com boa densidade calórica e nutricional podem ser boas opções. Elas não causam picos bruscos de insulina, o que ajuda a manter a disposição constante, sem aquela sensação de queda de energia no meio da sessão. Além disso, são mais fáceis de ajustar dentro de uma dieta que busca performance, ganho de massa ou perda de gordura.
Outra possibilidade são os suplementos formulados como pré-treino, que combinam nutrientes energéticos com compostos que aumentam o estado de alerta, como a cafeína. Esses produtos são úteis para quem treina em horários de maior cansaço, como cedo pela manhã ou no fim do dia, quando a fadiga já está acumulada. O importante é sempre observar a resposta individual e, quando possível, contar com orientação profissional para fazer a melhor escolha.
No fim das contas, usar o alimento e o suplemento ideal no momento certo faz toda a diferença. A energia precisa estar disponível de forma funcional, sem comprometer o rendimento ou atrapalhar os objetivos. E é aí que o planejamento inteligente supera a improvisação com doces ou alimentos que parecem inofensivos, mas que não entregam o que o treino exige.
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Inserir doce de leite no pré-treino pode parecer uma escolha inocente, mas compromete o desempenho e atrapalha os resultados. Energia de verdade vem de alimentos estratégicos e bem escolhidos. Cada refeição deve estar alinhada ao objetivo. Treinar bem começa antes mesmo de pisar na academia.
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